Na madrugada desta segunda-feira (17), os moradores de Sidrolândia, no Mato Grosso do Sul, foram surpreendidos por um apagão que deixou a cidade às escuras por várias horas. Após a chegada das equipes técnicas da concessionária Energisa, foi constatado que o blecaute teve origem em um crime: a subestação de energia local havia sido alvo de furto de cabos de cobre.
De acordo com informações fornecidas por um dos técnicos da empresa, cerca de 100 metros de cabos de cobre de 70mm foram cortados e levados pelos criminosos. O responsável pelo delito teria invadido o local após danificar a cerca de proteção que circunda a subestação, demonstrando uma facilidade preocupante para acessar a área. A falta de segurança no local ficou evidente, já que o sistema de alarme encontra-se inoperante devido a defeitos, e não há câmeras de monitoramento instaladas para vigiar a instalação. Esses itens são considerados fundamentais por especialistas para garantir a integridade de infraestruturas críticas como esta.
Essa não é a primeira vez que a subestação de Sidrolândia sofre com esse tipo de crime. Furtos semelhantes já ocorreram anteriormente, expondo uma vulnerabilidade persistente que ainda não foi solucionada. A recorrência desses incidentes gera preocupação entre autoridades e moradores, especialmente porque as consequências vão além do prejuízo financeiro. A interrupção no fornecimento de energia pode impactar diretamente hospitais, escolas, empresas e residências, colocando em risco a rotina e até mesmo a segurança da população.
A Energisa, responsável pela operação da subestação, enfrenta desafios significativos para garantir a segurança do local. Além do roubo dos cabos, o tempo necessário para reparar os danos e restabelecer o fornecimento de energia causa transtornos à comunidade. Especialistas apontam que medidas mais robustas, como a instalação de sistemas de vigilância modernos, cercas eletrificadas e rondas frequentes por parte de seguranças ou órgãos competentes, poderiam ajudar a mitigar essas ocorrências.
A situação reflete um problema maior enfrentado por diversas cidades brasileiras, onde furtos de materiais metálicos, especialmente cobre, têm se tornado cada vez mais frequentes. O alto valor do material no mercado ilegal incentiva criminosos a agirem de forma ousada, muitas vezes colocando em risco estruturas estratégicas e serviços essenciais.
Enquanto isso, a população de Sidrolândia aguarda providências para evitar novos episódios como este. A falha na segurança da subestação não apenas compromete o fornecimento de energia, mas também levanta questionamentos sobre a proteção de outras infraestruturas importantes na região. Autoridades locais e representantes da Energisa precisam trabalhar em conjunto para implementar soluções eficazes e garantir que a cidade não seja novamente vítima de crimes dessa natureza.
